Qualquer produto que você planeje comprar hoje em dia é um potencial portão de entrada para um universo à parte repleto de opções, modelos, detalhes técnicos, opiniões, etc. E quanto maior o valor do produto mais você se sente impelido a considerar com extrema atenção todas as variáveis. Por isso, se o plano é investir em imóveis se prepare para tomar conhecimento de informações essenciais que vão lhe deixar seguro de que se trata de um bom negócio, como os indicadores de investimento imobiliário.
No setor da construção civil, esses indicadores valem a pena ser considerados no momento da compra, tais como INCC, IGP-M, CUB, taxa Selic, entre outros. Quase todos eles são disponibilizados em séries por mês ou por ano, o que é bastante útil para fazer comparações entre as condições do mercado imobiliário de hoje com a de anos ou meses passados, ajudando o comprador a melhor perceber, por exemplo, se o momento é bom para investir.
Vamos começar então explicando alguns dos indicadores de investimento imobiliário que podem ajudar a manter os lucros do negócio, pois algumas dessas séries influenciam inclusive os reajustes de contratos.
Quais são os indicadores de investimento imobiliário?
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
Calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é um indicador que serve para acompanhar a variação de preços sobretudo em relação aos reajustes de contrato de locação de imóveis. A divulgação do índice é feita sempre no último dia útil de cada mês.
Índice Nacional da Construção Civil (INCC)
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) serve para medir os custos do que é construído no país. A série, inicialmente chamada de ICC, começou a ser publicada há 70 anos. Como a cadeia da construção civil é a mais ampla do setor produtivo brasileiro, o INCC é um bom reflexo da atividade econômica do país. Na prática, é um aliado imprescindível para quem pretende fazer investimento em imóveis na planta. Isso ocorre por força de contrato, já que esse índice é o mais empregado no cálculo do valor de entrada do imóvel na planta. Atualmente, o INCC se restringe às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB)
O Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) é um índice bem completo sobre os custos da construção civil em diferentes capitais. Há quem o considere uma evolução do INCC. O levantamento para compor o CUB leva em conta, por exemplo, o valor da mão de obra e a qualidade de acabamento dos imóveis. Se você quer explorar o mercado imobiliário nas capitais, acompanhe a evolução do CUB para ter noção de reajustes de contratos de compras, sobretudo em imóveis na planta.
Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial (IGMI-C)
Se o objetivo é investir em imóveis comerciais, um dos índices a ser considerados é o Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial (IGMI-C). Com base nele, o investidor é capaz de analisar o comportamento dos valores de imóveis comerciais no país. A série histórica do IGMI-C teve início no ano 2000 e sua tabela, atualizada a cada trimestre, inclui escritórios comerciais, lojas e salas em shoppings, hotéis, estacionamentos e galpões. Acompanhando o IGMI-C você poderá evitar os picos de alto no mercado e assim fazer valer mais o seu investimento imobiliário.
Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R)
Atualizado pelo Banco Central com informações das regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, o Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R) é um dos principais indicadores de investimento imobiliário. Isso porque ele mede a tendência de preços futuros. Por levar em conta valores de financiamentos, o IVG-R é um relevante termômetro do montante de crédito imobiliário disponível economia. Portanto, é um indicador de investimento que tem relação direta com taxa de juros, além de ajudar na proteção da inflação.
FIPEZAP
De responsabilidade da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), esse indicador de âmbito nacional monitora evolução de preços de imóveis para compra e também para locação. A base de dados reúne os cerca de 500 mil anúncios veiculados mensalmente no portal ZAP Imóveis. A consulta pode ser feita aplicando-se filtragem por tipo (venda, locação ou taxa de aluguel), por região do país ou mesmo por número de dormitórios.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Um dos mais conhecidos e importantes indicadores do mercado brasileiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) começou a ser medido em 1979 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com ele é possível fazer um diagnóstico preciso da inflação que o país atravessa mês a mês. Além disso, ele indica possíveis mudanças na taxa Selic, a taxa básica de juros definida pelo Banco Central.
Taxa de juros do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (taxa Selic)
É a taxa básica de juros definida pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central e serve de base para demais taxas de juros, incluindo as de financiamento e a de investimentos. Acompanhar com atenção o IPCA e a taxa Selic é garantia de não realizar investimento imobiliário em momento impróprio. Quando a Selic está alta, menos dinheiro circula na economia, criando mais oportunidades de bons negócios, pois representa tendência de queda de preços. Já a Selic em baixa significa financiamentos mais acessíveis, embora isso possa, como efeito colateral, geral alta de preços e inflação.
Índice de Confiança do Consumidor
É um interessante indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) porque leva em conta o sentimento do consumidor em relação ao estado geral da economia e de suas finanças pessoais. Desse modo, ciente do nível geral de otimismo ou pessimismo, o investidor imobiliário consegue fazer projeções, com a ajuda dos demais indicadores mostrados acima, dos rumos da economia a curto prazo. Sete capitais compõem o escopo da pesquisa: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Para investimento imobiliário, a recomendação é evitar momentos em que esse indicador estiver apresentando confiança excessiva, o que geralmente implica bons negócios de venda, mas não de compra.
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São muitas as vantagens de investir em imóveis, mas é preciso que se tenha os conhecimentos necessários para uma boa carteira de empreendimentos. A localização do empreendimento, a expectativa de retorno de investimento, a análise dos índices de investimento imobiliário, tudo isso e muitos outros fatores devem ser levados em conta.
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